São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
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Quedas no exterior influenciam Bovespa

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova rodada mundial de queda nas Bolsas derrubou ontem o mercado de ações no Brasil. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 2,35%, enquanto a Bolsa do Rio perdeu 3,31%.
Quando os negócios abriram por aqui, o cenário já era de queda nas Bolsas da Ásia e da Europa.
Na expectativa de que Nova York também cairia, a Bovespa abriu para baixo. A expectativa se confirmou e Wall Street recuou.
O índice Dow Jones fechou com baixa de 0,76%, após ter recuperado parte das perdas registradas ao longo do dia.
Novas advertências do Fundo Monetário Internacional (FMI), feitas na quarta-feira, sobre a possibilidade de correções nas Bolsas do mundo todo ajudaram a piorar as coisas.
Ontem, foi a vez de o Banco Mundial pedir uma reforma urgente do sistema bancário e financeiro do Sudeste Asiático. Segundo a entidade, devido à crescente integração financeira dos países, a região não pode demorar a agir.
Por outro lado, a intenção do ministro de impedir o aumento de capital da Telebrás aprovado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) não teve o efeito lógico de elevar o preço das ações da estatal. Telebrás PN fechou com queda de 2,30%, a R$ 135,80 o lote de mil.
Analistas observaram que o clima do fechamento já era mais positivo. Telebrás, por exemplo, chegou a bater em R$ 132,00 durante o dia e o seu preço médio -ponderado pelo volume negociado a cada preço- foi de R$ 134,17.
Na mínima do dia, o Ibovespa caiu 4,86%, ficando abaixo da marca de 11.000 pontos.
Câmbio
O Banco Central realizou a segunda desvalorização do real em setembro. O ajuste foi de 0,05%, surpreendendo o mercado, que esperava 0,10%. O piso da minibanda passou a ser R$ 1,0910, e o teto, R$ 1,0960.
Continuou a haver pressão de compra de dólares na BM&F. Os contratos para outubro (que projetam o câmbio de setembro) subiram 0,01%, enquanto novembro subiu 0,02%.

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