São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
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Brasil sofre segundo percalço e se prepara apenas com 'pelada'

Ginásio ruim impede seleção de realizar treinamento sério

JOSÉ ALAN DIAS
ENVIADO ESPECIAL A VENEZUELA

A seleção brasileira masculina de vôlei enfrentou mais um transtorno em sua estada na Venezuela para a disputa do Sul-Americano.
Depois de conhecer a verdadeira sede do torneio somente no desembarque em Caracas (a 197 km de Valencia), a dificuldade passou a ser o local de treino.
Anteontem de manhã, a seleção treinou no Fórum de Valencia, onde acontecem as partidas. À noite, por causa de reformas no ginásio, foi transferida para um pátio afastado 20 minutos de carro do centro, no subúrbio da cidade.
O piso, de borracha, tinha placas soltas e apresentava ondulações.
"Não é para menosprezar ninguém, mas a gente é profissional. Não dá para treinar num lugar desses. Se eu me machuco, como é que fica?", disse Carlão, 32.
"Tudo serve como experiência. Mas por algumas situações acho que não preciso mais passar."
Temendo contusões, o técnico Radamés Lattari fez uma "pelada" e depois um treino com os levantadores Maurício e Ricardinho.
O Fórum também é alvo de reclamações pelo fato de o piso, de madeira, apresentar algumas frestas. A organização cobriu parte da superfície com uma manta plástica.
"Eles têm boa vontade, mas é uma organização de amadores", disse Lattari. Apesar das reclamações, a delegação brasileira não apresentou nenhuma queixa formal aos dirigentes locais.
Ontem à noite, o Brasil estrearia diante da Argentina. Venezuela e Peru fariam a partida de abertura. A final acontece no domingo.

O jornalista José Alan Dias viaja a convite da Confederação Brasileira de Vôlei

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