São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Bancos japoneses adiam planos de fusão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em um ambiente em que predominam as notícias negativas e a crise no Sudeste Asiático não chega ao fim, os bancos japoneses Hokkaido e Hokkaido Takushoku anunciaram ontem o adiamento de seus planos de fusão.
A operação, inicialmente prevista para 1º de abril de 1998, fica adiada por prazo indeterminado. As instituições alegaram "diferenças básicas de perspectiva sobre os planos de fusão".
Os diretores das duas entidades Tsuneo Fujita y Sadamasa Kawatani sublinharam que não têm a intenção de cancelar seus planos de fusão, tentando assim desmentir os rumores que estão circulando nesse sentido.
A crise bancária japonesa é considerada a mais grave de sua história e o rombo no sistema é avaliado em pelo menos US$ 600 bilhões.
Os dois bancos poderiam concretizar a fusão em outubro de 1998, mas não dão garantias de que esta seja uma data definitiva.
O Hokkaido Takushoku é uma instituição bastante afetada por dívidas consideradas de retorno duvidoso. A entidade é a menor entre os 10 principais bancos comerciais japoneses e ainda sofre as consequências da política de empréstimos gerados ao longo da bolha especulativa dos anos 80.
O Hokkaido Takushoku não reconhece que os conflitos estejam relacionados à negociação de suas dívidas e anunciou um projeto de aumento de capital, assim como planos de cortar custos.
Mas o Banco Hokkaido, um dos principais bancos regionais japoneses com sucursais em todo o arquipélago, carrega também um volume significativo de dívidas irrecuperáveis. Economistas colocam em dúvida a possibilidade da fusão tornar-se realidade devido à resistência do Hokkaido Takushoku a revelar mais informações sobre suas dívidas. Os dois bancos japoneses têm sede na cidade de Sapporo, capital da ilha de Hokkaido, ao norte do Japão. O anúncio da fusão foi feito em abril último, mas previa um acordo em condições igualitárias.

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