São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Conheça o secretário-geral Jiang Zemin

JANE MCCARTNEY
DA "REUTER", EM PEQUIM

Jiang Zemin é um tecnocrata e comunista de carreira que compreende profundamente a política chinesa, mas cuja história pessoal tem pouco em comum com as de seus antecessores revolucionários.
Jiang foi indicado para o cargo de chefe do partido quando o antecessor Zhao Ziyang foi derrubado por representantes da linha dura, que o acusaram de apoiar o movimento pró-democracia que varreu a China, até ser esmagado pelo Exército em Pequim, em junho de 1989.
Diferentemente de Deng Xiaoping, seu mentor, ou do antecessor deste, Mao Tse-tung, Jiang não possui experiência militar ou de guerra, fato que prejudica sua influência junto às Forças Armadas chinesas.
Em 1989, quando tornou-se o terceiro líder do partido em três anos, era um candidato quase desconhecido fora de Xangai, onde havia sido prefeito e chefe local do Partido Comunista.
Nascido em julho de 1926, Jiang formou-se em engenharia elétrica pela Universidade Jiaotong, de Xangai, em 1947. Ocupou vários cargos administrativos em fábricas de engenharia e institutos de pesquisa, em diversas cidades, até começar a trabalhar em órgãos do governo relacionados à eletrônica, tornando-se ministro da Indústria Eletrônica (1983-1985).
A ascensão no PC teve início em 1982, com sua eleição para o Comitê Central. Jiang passou a integrar o poderoso Politburo em 1987, mas só ingressou no comitê permanente quando foi promovido a secretário-geral do partido, em junho de 1989.
Depois de tornar-se prefeito e vice-secretário do partido em Xangai em 1987, assumiu o primeiro cargo do partido na cidade em abril de 1986 e, de lá, foi enviado a Pequim para assumir o primeiro cargo do país.
Casado, tem dois filhos adultos, um dos quais fez faculdade nos EUA. Fala inglês, aprecia a poesia clássica chinesa, gosta de pintar e de cantar karaokê.
Num momento de folga no final do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, realizado em Manila em 1996, ele cantou "Love me Tender", de Elvis Presley, ao lado do presidente das Filipinas, Fidel Ramos.

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