São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997
Próximo Texto | Índice

Alto risco

ANGÉLICA BANHARA

Brasileiros participam pela primeira vez de um "rali humano" na Nova Zelândia
Um grupo formado por empresários e profissionais liberais decidiu aproveitar a experiência de tomar decisões rápidas e ousadas no trabalho em uma aventura mais que radical: o "rali humano".
É a primeira vez que uma equipe de brasileiros vai participar do "adventure race endurance" (enduro de aventura) de Southern Traverse. A competição acontece em Queenstown -a capital mundial dos esportes radicais, na Nova Zelândia- e é uma verdadeira prova de resistência física.
Durante cinco dias e cinco noites, cerca de 50 equipes do mundo todo enfrentarão rios, florestas e montanhas, em provas que incluem trilhas, 140 km de corridas de longa distância, 150 km de mountain bike, 80 km de travessias com caiaque e vários pontos de "rapel" (descida de montanhas, com cordas) com até 50 metros. Ganha quem chegar primeiro.
O grupo brasileiro é liderado pelo administrador de empresas Alexandre Henrique Freitas, 35. Participam ainda Eduardo Coelho, 29, empresário, Flávio Antonio Farace, 38, administrador de renda variável, Joseph Escobar, 29, estudante, e Flávia de Barros Marcondes, 34, arquiteta.
A equipe se apresenta em Queenstown no dia 9 de novembro. A prova começa no dia 10 e termina no dia 15. O mapa sinalizando os pontos de partida e de chegada será distribuído poucas horas antes do início da prova.
Participam do Southern Traverse grupos com três pessoas (homens e mulheres) ou cinco. Neste caso, pelo menos um dos participantes deve ser do sexo oposto ao da maioria. Em contagem regressiva, o grupo paulistano está em treinamento intensivo diário. Freitas, o líder, pratica esportes desde os oito anos. "Nunca parei. Já fiz muitas trilhas de mountain bike e estou correndo pelo menos 15 km por dia. Nos fins-de-semana, aproveitamos (o grupo) para praticar caiaque e rapel nos arredores da cidade", conta.
Freitas apostou tanto no condicionamento do grupo que é sua própria empresa -a corretora de valores Síntese- que está patrocinado a viagem. Mas o objetivo principal é completar a prova, uma vez que a equipe é de marinheiros de primeira viagem.

Próximo Texto: O FUTURO A COBRAR
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.