São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997 |
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Hip hop para pensar
JONI ANDERSON Mais uma da série "14 anos de Hip Hop no Brasil" que você acompanha nesta coluna: com o apoio da Secretaria Municipal da Cultura, Esportes e Lazer e da Associação Cultural Negro e Atividade, a cidade de Santo André abriga hoje o "1.º Encontro de Cultura de Rua do ABC". São 20 grupos de rap, três DJs, 15 gangues de grafite e cinco de break que se reúnem no subúrbio para mostrar os aspectos positivos da música, arte e dança black -muitas vezes consideradas expressões marginais. O encontro foi escolhido para as gravações do vídeo "14 anos de Hip Hop no ABC", que acontecem durante o evento. Também há telões e shows ao vivo. Como nem tudo é festa, o encontro põe em discussão os problemas que rondam a periferia -em especial a comunidade negra e pobre.Um debate aberto terá a presença de mães, filhos, policiais, vereadores e moradores dos bairros da periferia para discutir problemas sociais e culturais. Prova que o hip hop pode ser organizado e ajudar na luta pelos direitos sociais. "É a forma que a periferia encontrou para se sentir viva, reclamar, protestar e resgatar suas raízes", diz Armindo Rodrigues Pinto, 48, coordenador cultural dos centros comunitários de Santo André. SERVIÇO - 1.º Encontro de Rua do ABC - hoje, dia 14, das 14h às 20h, no Centro Comunitário Cata Preta, 810, Santo André (próximo à estrada do Pedroso). Tel. 717-0188. Entrada franca. Texto Anterior: miniárvores esculpidas Próximo Texto: Homossexuais discutem identidade Índice |
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