São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997
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Emergência?

IZABELA MOI

Saiba quando recorrer ao pronto-socorro
Pronto-socorro não é para todo mundo. "A função da unidade é atender ás pessoas em risco iminente de vida", explica Milton Glezer, médico supervisor do pronto-socorro em clínica médica do Hospital das Clínicas.
Por causa do pronto atendimento, as pessoas acabam confundindo o pronto-socorro com um ambulatório sem hora marcada, e isso atrapalha o trabalho dos médicos. "Quando chega o enfartado, você está ocupando atendendo uma queixa de dor de barriga", conta Glezer.
Glezer estima que apenas 15% do movimento de um pronto-socorro é de pessoas que realmente precisavam ser atendidas com urgência. "Cerca de 85% são pessoas que acham mais simples recorrer ao PS do que esperar por uma consulta", diz. Assim, os PS estão sempre com super-utilização dos equipamentos, materiais e pessoal. E sempre há quem saia reclamando.
Além dos traumas externos, como acidentes, afogamentos ou quedas, das várias formas de intoxicação, choques elétricos e picadas de animais peçonhentos, alguns sintomas devem ser sinal verde para levar o paciente ao PS.
Se a pessoa está desarcordada, com um sangramento abundante, com falta de ar ou dor de cabeça intensa, febre alta, convulsão ou forte dor no peito, não se pode esperar a consulta (veja quadro).
Mais um conselho: no caso de uma emergência, não perca tempo em trânsito procurando o pronto-socorro de preferência. A cidade tem dez unidades prontas para atender qualquer situação e todos os prontos-socorros particulares são suficientemente equipados para o primeiro atendimento. "Afinal, qualquer minuto nessas ocasiões conta. E podem salvar uma vida", lembra Glezer.

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