São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997
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Teste arriscado

A Confederação Brasileira de Vôlei faz hoje de manhã, em São Paulo, uma reunião com os clubes para apresentar o calendário dos jogos da Superliga Nacional.
Já não era sem tempo, afinal, falta pouco mais de um mês para o início dessa competição. Mas, a grande novidade mesmo deverá ser o sistema de disputa do torneio.
Pelo que tudo indica, os jogos na Superliga vão ter tempo estipulado. Os quatro primeiros sets deverão ser jogados, no máximo, em 25 minutos cada.
Se até esse tempo, nenhum time fechar o set, a decisão dos pontos seguintes será no tie-break.
Claro que essa medida, caso aprovada, vai beneficiar as transmissões pela TV. Mas vale também levantar os pontos contras: será que é certo testar um sistema logo no principal campeonato do país? Não seria melhor que "esse teste" fosse feito em torneios menos importantes, como a Copa do Brasil?
O certo é que faltando pouco mais de um mês para o início da Superliga, os técnicos ainda não sabem como vai ser o sistema de disputa e nem se vão ter atendida a reivindicação de apenas um jogo por semana.
Um pedido mais do que justo: basta ver o Campeonato Italiano, o melhor do mundo. Lá, os times participam de apenas uma partida por semana.
Mais: em terras italianas, cinco meses antes de começar o torneio, todos os clubes já têm a tabela dos jogos. Em consequência, as equipes podem programar melhor a preparação dos atletas.
Aliás, em uma conversa rápida com a maioria dos técnicos, o que chama a atenção é uma queixa em comum: eles não estão sendo ouvidos pela CBV.
Por enquanto, tudo está sendo decidido pela área de marketing.
Inclusive, para tormento dos treinadores, os clubes deverão também ceder seus jogadores em janeiro para uma nova invenção: um torneio de praia entre os times.

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