São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997 |
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FHC corre o risco de perder, diz Ermírio
CLÓVIS ROSSI
Para o empresário, a posição de FHC, como candidato à reeleição, "não é hoje tão confortável como era há três ou quatro meses atrás". Antônio Ermírio menciona educação, saúde, desemprego e até a crise no PSDB como os elementos principais que o levam a considerar menos confortável o cenário de 1998 para o presidente. Como administrador da Beneficência Portuguesa, o empresário centra as críticas na área de saúde. Diz que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) "foi zero" em matéria de resultados nesse setor. "Não adiantou nada", reclama Ermírio, queixa que diz ter transmitido pessoalmente ao ministro da Saúde. Cita o fato de que doenças crônicas como o sarampo estão ganhando forma de "epidemia grave", mesmo em um Estado desenvolvido como São Paulo. Ermírio menciona a educação como outra carência: "Sem educação, vamos para o 4º mundo". O empresário diz que não basta alfabetizar as pessoas, como o governo alardeia, e defende "uma educação cada vez mais ampla". Ele prega uma "mudança radical" na educação e reclama que 75% do orçamento do ministério seja destinado para as universidades. Tudo somado, Ermírio acha que a estabilização da economia, o grande ativo eleitoral de FHC, pode se tornar insuficiente: "Sem atacar os outros problemas, a população começa a cansar". Texto Anterior: Em segredo, Orleir entra hoje no PFL Próximo Texto: Os dissidentes Índice |
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