São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997 |
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Ações não têm resultado
DA REPORTAGEM LOCAL Campanhas de desarmamento realizadas anteriormente no Brasil não atingiram resultados satisfatórios. A maior parte arrecadou poucas armas, a maior parte delas velhas.Em fevereiro do ano passado, após recorde de homicídios registrado no Carnaval, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, José Afonso da Silva, anunciou a intenção de promover uma campanha de troca de armas por cestas básicas. Mas, três meses depois, o secretário desistiu da campanha, dizendo que tentaria apenas "sensibilizar a população" sobre o risco do uso de armas. Campanha semelhante realizada anteriormente em Francisco Morato (município da Grande São Paulo) conseguiu arrecadar 250 armas de fogo entre abril e maio de 1994. As armas eram trocadas por cestas básicas, brinquedos e cupons para concorrer a prêmios. Mas, segundo os organizadores, a maioria das armas não tinha condições de uso. "O problema é que o bandido consegue com uma arma na mão ganhar mais de 500 cestas básicas", afirmou na época Marlene Porto, uma das organizadoras da campanha. Outra campanha que não teve resultados foi a "Rio Desarme-se", organizada em 1995, que conseguiu apreender apenas 48 armas nas favelas cariocas de Acari e Parada de Lucas. Texto Anterior: Governos articulam mutirão anticrime Próximo Texto: Secretários são desarmados no Planalto Índice |
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