São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Coleção de verão deve ser 8% mais barata

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A coleção primavera-verão que chega às lojas neste mês está 15% maior, em média, do que a do ano passado, mas 8% mais barata.
Para cortar custos, as confecções aumentaram o ritmo de produção das fábricas. Isso permitiu a redução nos preços das peças, informa a Abravest, que reúne o setor.
Pelos cálculos da associação, 1997 será o melhor ano -em unidades comercializadas- para as confecções desde a estréia do Real.
A expectativa da Abravest é vender 4,39 bilhões de peças neste ano -15% a mais do que no ano passado e 32% a mais do que em 1995. O faturamento das confecções estimado para este ano é de US$ 20,46 bilhões -8% menor do que o de 96 e 12,8% menor do que o de 95.
"A receita das confecções está diminuindo. Mas não estou tão pessimista porque a produção está aumentando", diz Roberto Chadad, presidente da Abravest.
A Hering decidiu aumentar em 12% o volume de sua coleção de verão deste ano sobre a de 96.
A empresa acredita que vai conseguir vender mais as peças básicas. "Essa linha está indo muito bem", informa Carlos Zilli, gerente de vendas e de marketing. Os preços, diz ele, não foram alterados. A camiseta básica, diz, vai continuar custando em torno de R$ 8,50 a R$ 9,00.
"Começamos bem este mês. Pelo ritmo das encomendas, não precisamos nos preocupar." A Hering produz cerca de 6 milhões de peças por mês.
A Gregory, confecção que tem 34 lojas espalhadas pelo país, já preparou uma coleção de verão parecida com a do ano passado -em número de peças e preço.
A maior novidade deste ano, conta Sheila Maria Santana, gerente de marketing da empresa, é que a coleção tem mais importados.
Neste ano, cerca de 70% da coleção foi adquirida no exterior e 30% produzida no país. Em 1996, os importados representavam 60%.
A Camelo, confecção especializada em roupas masculinas, decidiu também fazer uma coleção igual à do ano passado. "Mas os preços caíram de 8% a 10%", afirma Adriana Camelo, diretora. Ela conta que, neste ano, a confecção decidiu manter o volume da coleção, mas ampliar a variedade de tecidos, cores e padronagens.
(FF)

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