São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997 |
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FHC mantém liderança, mas enfrentaria 2º turno
CARLOS EDUARDO ALVES
A pesquisa é nacional. A constatação da necessidade de um segundo turno vale se prevalecer o critério da última eleição, quando para ganhar no primeiro turno qualquer candidato teria que obter um voto a mais do que a soma dos destinados a seus concorrentes. Se for aprovada a emenda constitucional que diminui os votos necessários para o candidato ser eleito no primeiro turno, FHC liquidaria a disputa no primeiro turno em dois dos cenários pesquisados. O estudo revela, também, tendência de aumento na avaliação positiva de FHC, apesar de manifestações recentes de sem-terra e de outros setores da oposição. No primeiro cenário pesquisado, FHC tem 37% e é secundado pelos 22% de Lula. Os entrevistados, aí, dispunham ainda das opções Paulo Maluf (PPB, 13%), José Sarney (PMDB, 11%) e Ciro Gomes (possível candidato do PSB, 5%). Trocando-se Sarney por Roberto Requião (PMDB) e Ciro por Itamar Franco (sem partido), FHC oscila para 34%, e Lula permanece com seus 22%. Maluf varia para 15%, Itamar bate nos 13%, e Requião fica em 3%. Se prevalecer a modificação defendida pelo governo, é só no segundo cenário que FHC teria que enfrentar um segundo turno. Na terceira hipótese, com Sarney (14%), Ciro (8%) e Esperidião Amin (PPB, 5%), FHC volta aos 37%, e Lula tem 23%. Os dados acima são da pesquisa estimulada, em que é apresentado ao entrevistado um cartão com os nomes dos concorrentes. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Uma das conclusões da pesquisa é que os ex-presidentes Itamar e Sarney têm condições de complicar a reeleição de FHC, caso se disponham a entrar no páreo, já que seus votos poderiam assegurar a realização de um segundo turno. Lula mantém suas taxas entre 22% e 23% independentemente de quem estiver concorrendo. A pesquisa revela também que o petista é o candidato com mais chances de encabeçar uma frente de oposição. Ciro Gomes, que pode rivalizar com Lula na disputa pelos votos da chamada centro-esquerda, obtém taxas entre 5% e 8% nas duas situações em que seu nome é incluído. Pondere-se, no caso do ex-ministro, é que só agora, com a possibilidade de disputar a eleição, é que seu nome voltou a ter exposição frequente na mídia, ao contrário de seus potenciais adversários. Na comparação com a pesquisa anterior, feita entre 18 e 20 de junho, nota-se que FHC mantém praticamente fixas suas taxas, que nas seis situações pesquisadas então variaram entre 33% e 37%. Texto Anterior: Gênio reprimido Próximo Texto: Lula é visto como melhor opositor Índice |
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