São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRM promove campanha

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A inadequada assistência ao parto lidera as queixas recebidas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo. Das cerca de 200 denúncias que chegam ao CRM por mês, 15% têm a ver com o parto, diz Pedro Paulo Monteleone, presidente do conselho.
Quando a criança morre em parto normal -diz Monteleone-, a família costuma dizer que o médico deveria ter feito cesárea. Se morre na cesariana, a família acredita que os profissionais fizeram todo o possível.
Para informar melhor médicos, pacientes e familiares -e derrubar o altíssimo índice de cesáreas no país- o Conselho Federal de Medicina está lançando a campanha "Normal é parto natural".
O CRM de São Paulo já iniciou o programa em quatro cidades. "As mudanças devem começar pelo currículo das escolas", diz Monteleone. Segundo ele, enquanto um sextoanista de medicina é capaz de fazer uma cesariana, a assistência a um parto normal exige um especialista. Esse profissional, em países da Europa, é um enfermeiro obstetra. "Mudar essa cultura não será fácil", diz Monteleone.
(AB)

Texto Anterior: Mães querem parto normal
Próximo Texto: O jogo do século
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.