São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Portuários temem o desemprego

FAUSTO SIQUEIRA; MAURICIO ESPOSITO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Os sindicatos de trabalhadores portuários temem a perda de postos de trabalho e o desemprego em razão da privatização do porto.
No próximo dia 24, a Codesp demitirá 2.290 funcionários vinculados à área operacional. Eles representam mais de 40% do quadro de empregados da companhia.
Os trabalhadores da área operacional serão demitidos porque a Codesp está deixando as operações portuárias, que estão sendo passadas à iniciativa privada.
A data de início das demissões dos portuários já foi adiada duas vezes por pressão dos sindicatos.
Os trabalhadores demitidos da Codesp ganharão registro para trabalhar no cais como avulsos (sem vínculo empregatício).
Eles passarão a ganhar por produtividade e trabalharão somente quando houver serviço.
Os sindicatos não querem o desligamento dos portuários antes de assinarem com o Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado, que representa as empresas) um contrato coletivo.
Esse contrato vai estabelecer as regras do trabalho no porto privatizado. Sindicatos de trabalhadores e Sopesp estão em negociações.
Os trabalhadores temem que, depois de demitidos da Codesp, fiquem sem garantia de trabalho devido à falta de um contrato.
Os representantes do consórcio Santos Brasil, que arrendará o Tecon 1, não quiseram anunciar ontem qual seria a postura em relação à mão-de-obra no porto.
"Só tem um caminho para reduzir custos, que é o da produtividade", disse Geraldo Ferreira de Sá, presidente da Multiterminais e participante do consórcio.
(FAUSTO SIQUEIRA)

Colaborou Maurício Esposito, da Reportagem Local

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