São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997 |
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Cosesp veta uso de marca em anúncio de boi
ARTHUR PEREIRA FILHO
A afirmação é de João Martini Neto, diretor de Seguro Rural da Cosesp. "Não somos parceiros no negócio e não garantimos a rentabilidade do investimento. Apenas fazemos o seguro de vida dos animais", diz. Duas empresas do setor -a Gallus Agropecuária e a Fazendas Integradas Ouro Branco- estão usando a marca da Cosesp em anúncios publicados nos jornais. "Fazendas Integradas Ouro Branco & Cosesp: uma parceria de sucesso", diz anúncio da Ouro Branco. A Cosesp deve divulgar hoje um comunicado ao público para esclarecer o relacionamento da seguradora com as empresas de parceria. Vai dizer que algumas empresas estão "divulgando indevidamente" a existência de uma parceria com a Cosesp e que a seguradora garante a vida do animal e não a rentabilidade do investimento. A diretoria da Ouro Branco diz que sempre submeteu à aprovação da Cosesp os anúncios publicados nos jornais. Fernando Caron, diretor-presidente da Gallus, afirma que obteve "aprovação verbal" para o uso do logotipo da seguradora nos anúncios. A Cosesp recomenda ao investidor exigir o certificado de seguro da Cosesp, que traz o nome do investidor como beneficiário e o número de registro do animal segurado. "Se não houver esse certificado, o boi não está segurado", diz Martini. Apenas três empresas de parceria têm animais segurados pela Cosesp. A Ouro Branco, que diz ter 3.872 cabeças em parceria, segurou até agora 500 animais. A Gallus não faz seguro de animais para engorda. Somente estão segurados cerca de 70 matrizes de elite, animais que custam, em média, R$ 8 mil. A Gado Forte, que diz possuir 1.800 cabeças, fechou contrato de seguro para 150. As demais empresas do setor -Fazendas Reunidas Boi Gordo, Arroba's e Emprapek- não fazem seguro do rebanho para engorda. Vistoria Para que a Cosesp faça o seguro, o animal passa antes por exame veterinário e é "brincado", isto é, recebe um número de identificação. Esse número aparece na apólice emitida em nome do investidor. O seguro é pago apenas em caso de morte do animal. O investidor recebe só o que pagou pelo boi magro no início do contrato -hoje cerca de R$ 300- mesmo que o animal já esteja em fase final de engorda. Texto Anterior: Folha recebe Prêmio Icatu de Jornalismo; BNDES emite bônus e capta US$ 250 milhões Próximo Texto: STJ nega a consórcio o pedido de liminar Índice |
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