São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 1997
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Governo nega acusação de perseguição política

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Peru não quis responder de imediato às críticas ao presidente Alberto Fujimori feitas, em entrevista à Folha, pelo empresário Baruch Ivcher.
Em outras oportunidades, o governo peruano afirmou que o problema com Ivcher se resume a irregularidades em seu processo de naturalização e não se trata de "perseguição política".
Às 15h de ontem em Brasília (13h em Lima, capital do Peru), a reportagem da Folha telefonou para a Secretaria da Imprensa da Presidência do Peru e solicitou uma resposta oficial para as declarações.
Embora o secretário de Imprensa da Presidência, Carlos Orellana, não estivesse presente, um assessor pediu que fosse enviado um fax solicitando uma entrevista com o presidente Fujimori, acompanhado de uma relação de perguntas.
A reportagem também ligou para a embaixada do Peru em Brasília, mas foi informada de que só o governo em Lima poderia fazer qualquer comentário. "Esse não é um assunto de relações exteriores", disse Luis Vargas, adido de imprensa da embaixada, à Folha.
Processo irregular
Ivcher chegou ao Peru em 1970. Tornou-se um empresário de sucesso e atualmente, além da TV Frecuencia Latina, possui também fábricas de polietileno e de colchões e uma empresa de loteria, entre outros negócios.
Sócios sob pressão
A Folha também tentou falar com os sócios minoritários da Frecuencia Latina, Mendel e Samuel Winter, que, segundo decisão da Corte Superior de Lima, deverão assumir o controle acionário da TV.
Ivcher tem 54% das ações da rede. Os Winter possuem os 46% restantes.
Nenhum dos irmãos estava no escritório. Até o fechamento do jornal, não houve resposta ao telefonema. Para Baruch Ivcher, os Winter estão sendo usados pelo governo de Fujimori, a quem interessaria transmitir a impressão de que a disputa se resumiria a uma briga entre sócios.

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