São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997 |
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Lampreia avisa EUA que pode ir à OMC
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A decisão final será do presidente Fernando Henrique Cardoso, depois de ouvidos os ministros brasileiros de áreas ligadas ao comércio exterior e as empresas do setor siderúrgico. Mas Lampreia disse ter-se convencido, após reunião em Washington com advogados especialistas na área, que o Brasil tem "mais de 50% de chances de ganhar esse caso na OMC". Em outubro faz um ano que o governo brasileiro apresentou ao norte-americano documentos para provar que haviam desaparecido muitas das condiçõe alegadas para impor as sobretaxas na década de 80, com base na legislação norte-americana para prevenir dumping (venda abaixo do custo que prejudica a concorrência). Lampreia dissera no ano passado esperar "negociação rápida e eficaz" para resolver o assunto. Agora, afirma, o Brasil "já está no limite" e só vai esperar "muito pouco tempo" antes de recorrrer à OMC. A comunicação foi feita ao secretário do Comércio, Bill Daley, e à responsável pelo comércio exterior dos EUA, Charlene Barshefsky. O ministro disse que esse assunto não será "politizado" pelo Brasil e que se trata de uma questão técnica. Por isso, segundo ele, não importa se a ação do Brasil coincidir com a visita do presidente Bill Clinton ao Brasil em outubro. Ele afirmou também que não esperava obter nenhuma resposta definitiva de Barshefsky ou Daley ontem. Queria apenas "sensibilizá-los" para a posição brasileira. Com Barshefsky, Lampreia conversou sobre outros cinco temas, entre eles a legislação que poderá dar autoridade ao presidente dos EUA para negociar com rapidez acordos internacionais de comércio e o processo da Alca. Texto Anterior: Odebrecht e Stora produzirão celulose Índice |
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