São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Diana pode virar musical

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

Produtores e diretores de teatro nos Estados Unidos iniciaram uma corrida para preparar um musical sobre a princesa Diana, morta no último dia 31 de agosto num acidente de carro em Paris.
"Assim que ela morreu, passou pela minha cabeça que musical fantástico poderia ser feito sobre sua vida", disse o compositor Jonathan Segal.
"Já estou estruturando na minha cabeça como seria este musical, estou começando a esboçar as composições."
"Será inevitável (a montagem de um musical sobre lady Di)", disse o diretor e professor de dramaturgia Aaron Frankel ao jornal "The New York Post". "Ela é a heroína clássica das tragédias."
Além de Jonathan Segal, dois outros compositores e mais três coreógrafos afirmaram que também estão começando a pensar num musical sobre a princesa.
"Quem chegar primeiro, leva", diz Frankel. Mas, como uma grande montagem costuma gastar pelo menos dois anos para ser viabilizada, a peça não entraria em cartaz antes de 1999.
A montagem do musical sobre a vida de Diana seguiria o modelo de peças como "Evita", que retratou a história da argentina Eva Perón, de "Master Class", que mostra o final da carreira de Maria Callas, e da própria "Jackie", que está para estrear na Broadway (leia texto ao lado).
"São todas figuras fortes, de personalidades marcantes, que tiveram o bom e o melhor, mas, ao mesmo tempo, foram surpreendidas por grandes tragédias pessoais, tragédias que marcaram suas existências", disse Frankel.
"São histórias assim que o público gosta de ver."
Especulações
A imprensa norte-americana já está discutindo os nomes dos possíveis atores que poderiam participar do musical.
Para o papel da princesa Diana, a atriz Gwyneth Paltrow, ex-mulher do ator Brad Pitt, é a mais cotada. Para o do príncipe Charles, o ator britânico Jeremy Irons (de "Gêmeos").
Dois nomes fortes também são os de Glenn Close, representando Camilla Parker Bowles, a amante de Charles, e Leonardo di Caprio, que viveria o príncipe William, primogênito de Charles e Diana.
Lloyd Weber fora
Uma coisa, porém, parece certa. Andrew Lloyd Weber, responsável pela montagem de "Evita", não pretende se envolver com o musical sobre a vida de Diana.
A explicação, dada por sua assessoria, é o fato de o compositor ter sido amigo próximo da princesa e, devido à ligação emocional entre os dois, ser inviável ele pensar em transformar a trajetória de Diana em um espetáculo musical.
(JCA)

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