São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
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Buenos Aires reduz custos e empregos

FERNANDO GODINHO
DE BUENOS AIRES

A privatização do porto de Buenos Aires, realizada entre 1994 e 1995 provocou aumento da produtividade dos trabalhadores e do volume de cargas movimentadas. Os custos e o número de empregados caíram.
O governo federal argentino privatizou os seis terminais do porto de Buenos Aires por meio de contratos de concessão de 25 anos, renováveis por mais cinco anos.
Um dos terminais deixou de operar por problemas financeiros do controlador e outros dois foram reagrupados em uma única empresa.
Segundo dados colhidos pela Folha na Administração Geral de Portos, o movimento de cargas entre janeiro e julho deste ano cresceu 21,01% em relação ao mesmo período do ano passado (subiu de 3,76 milhões de toneladas para 4,56 milhões de toneladas).
As operações de venda ao mercado externo cresceram 28,14% no período e os desembarques de mercadorias compradas no exterior subiram 10,6%.
Entre 1991 e 1996, a produtividade anual subiu de 800 toneladas por trabalhador para 3.050 toneladas por trabalhador.
O número de funcionários envolvidos na administração do porto da cidade caiu de 3.980 (em 1991) para 450 (em 1996). Os estivadores foram reduzidos de 3.200 para 1.200 pessoas (também entre 1991 e 1996).
Os custos caíram 13% em média. Atualmente, a permanência média de um navio carregado é de 1,5 dia. "A privatização teve um grande êxito. Os serviços melhoraram, e estamos contentes com a agilidade das operações e com a eficiência", disse à Folha Ignácio Viton, especialista da Câmara de Exportadores da Argentina.

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