São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Villeneuve faz pole e põe rival em xeque

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A ZELTWEG

Num treino atípico, que praticamente teve apenas 25 minutos de ação, Jacques Villeneuve obteve a pole para o GP da Áustria, 14ª etapa do Mundial de F-1.
A corrida acontece hoje, a partir de 9h (de Brasília), com transmissão da TV, e pode marcar a reabilitação do piloto canadense da Williams na luta pelo título.
A dez pontos de Michael Schumacher (57 a 67), Villeneuve demonstrou força ontem, no circuito de Zeltweg, durante a sessão única de classificação.
Obteve a melhor marca do dia, 1min10s304, com os cronômetros registrando apenas um minuto para o final do treino, disputadíssimo em seus momentos finais.
Schumacher
Schumacher, por sua vez, tentou muito, inclusive com uma ínfima quantidade de gasolina no tanque, que o deixou a pé no circuito.
Mas não passou da nona colocação, a exatos 752 milésimos da pole de Villeneuve, a 11ª de sua carreira e oitava nesta temporada.
"Mais importante do que marcar a pole foi perceber que Michael ficou lá atrás. Mas, honestamente, minha maior preocupação era com a Bridgestone", declarou o canadense, com certo desdém.
A principal delas foi o terceiro posto obtido pelo italiano Jarno Trulli, da Prost Grand Prix, com cronômetro zerado e carro reserva, já que o motor do titular explodiu na primeira volta.
Também com pneus Bridgestone, a Stewart conseguiu reservar a terceira fila para seus pilotos, com Rubens Barrichello em quinto e Jan Magnussen em sexto.
No treino da manhã, outra surpresa: Pedro Paulo Diniz, da Arrows, foi o mais rápido, com a marca de 1min10s782, tempo que lhe daria o sexto lugar.
À tarde, porém, o motor Yamaha de Diniz explodiu nas primeiras voltas, e o brasileiro não contou com a sorte.
A Arrows levou muito tempo para trocar as relações de marcha do carro reserva, acertado para Damon Hill, e o piloto brasileiro ficou só com a 17ª colocação.
O primeiro carro a sair à pista foi o Minardi de Tarso Marques, com 17 minutos de treino. O próprio piloto reconheceu que foi "boi de piranha" para os outros.
Nova e ainda com pouca utilização, a pista do circuito de Zeltweg tem muita poeira e detritos, o que fez com que as principais equipes esperassem que voluntários "limpassem" o asfalto.
Dessa forma, a disputa começou para valer na segunda parte do treino.
"Tínhamos que ter alguma referência de volta, de como estava a pista", explicou Villeneuve.
O canadense utilizou compostos macios, assim como a maioria dos pilotos fornecidos pela Goodyear. Um dos poucos a optar pelo composto mais duro, de maior resistência e menor aderência, foi justamente Schumacher, o que explica, em parte, seu fracasso.
O alemão ficou atrás até do companheiro Eddie Irvine, pela primeira vez em treino neste ano.
"O resultado foi ruim, mas não comprometeu a corrida", disse o alemão, dando a entender que sua opção poderá fazer diferença hoje.
O que parece é que a Ferrari, após alguns bons resultados, acabou perdendo o rumo em um momento crítico do campeonato.

Texto Anterior: Dayvit joga por lugar na decisão do Paulista; NBA já estuda locaute para temporada 98/99
Próximo Texto: Nome motiva confusões
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.