São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
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Torcida anda e atrapalha

DOS ENVIADOS A FLORIANÓPOLIS

A torcida, que esteve calada anteontem, levou uma bronca de Gustavo Kuerten durante o jogo de ontem, em Florianópolis.
Muitas pessoas se movimentavam, saindo e entrando no estádio durante os pontos, o que é proibido durante os jogos de tênis.
No primeiro set, Kuerten chegou a levantar os braços e pedir a um grupo de pessoas que se sentasse.
A partir do terceiro set, os seguranças começaram a tentar controlar as vias de acesso ao estádio.
A torcida, na capital catarinense, tem sido atípica nesta Davis.
Anteontem, no primeiro dia, esteve tímida e bastante acanhada, sendo alvo de reclamações até da mãe de Gustavo Kuerten, Alice.
Na ocasião, o capitão do time, Paulo Cleto, disse que o "silêncio" da torcida se devia à pouca familiaridade da população de Florianópolis com uma competição do tamanho da Davis.
O mesmo argumento foi usado por Kuerten, que nasceu e mora na cidade, para justificar o baixo entusiasmo do torcedor.
Apenas palmas -inclusive para os neozelandeses- e gritos isolados se ouvem próximo à quadra.
Geralmente, na Davis, as torcidas se manifestam de maneira barulhenta.
O Brasil já chegou a ser prejudicado com a perda de mando de jogos em edições passadas justamente por causa do comportamento de sua torcida.
Em novembro último, por exemplo, a equipe austríaca se negou a continuar a disputa, afirmando falta de segurança e apontando várias hostilidades por parte dos brasileiros.
Ainda assim, a Federação Internacional manteve o resultado -vitória do Brasil-, alegando desistência austríaca, e aplicou uma multa aos austríacos.

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