São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
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Vices

RODRIGO BUENO

A Copa dos Campeões, que este ano conta pela primeira vez com vice-campeões, começou para valer na quarta-feira passada. E os vices, contrariando os que lutavam por um "campeonato legítimo" -só disputado por primeiros colocados-, justificaram sua presença.
Os segundos times de Alemanha, França e Portugal bateram, respectivamente, as melhores equipes de Bélgica, Suécia e França. O vice italiano, fora de casa, arrancou um empate do campeão tcheco.
E o melhor jogo do torneio até agora reuniu dois fortes vices: Newcastle e Barcelona. Os ingleses levaram a melhor (3 a 2).
A exceção foi o Feyenoord -segundo colocado no Campeonato Holandês passado-, que tomou de 5 a 1 da Juventus.
Vale lembrar, porém, que as demais forças do futebol da Holanda também estão fazendo feio nas competições européias. O campeão PSV caiu em casa, por 3 a 1, diante do Dinamo de Kiev. Pela Copa da Uefa, o Ajax não passou de um empate (1 a 1) com o Maribor, na Eslovênia.
Entre as seleções, a condição de vice na Europa também está cada vez mais valorizada.
O melhor segundo colocado nas eliminatórias européias está garantido na Copa de 98. Os oito vices restantes disputarão confrontos que determinarão mais quatro classificados.
Fortes equipes, como Itália, Rússia e Iugoslávia, figuram hoje na segunda posição de seus grupos. Com três campeões de chave definidos (Bulgária, Romênia e Noruega) e um monte de eliminados, a briga pelo vice é o grande atrativo na reta final das eliminatórias na Europa.
Portugal, Croácia, Suécia e Bélgica são exemplos de times com reconhecida qualidade que almejam ardentemente o segundo posto de suas chaves.
A valorização do vice é bem justa, pois normalmente não há grande diferença técnica entre primeiro e segundo colocados. O que sempre mais diferiu um e outro são as comemorações.

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