São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997 |
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Cooperativas ampliam presença
SIMONE CAVALCANTI
Em 96, sete cooperativas participaram do evento, com 13 produtos diferentes. No evento que começou ontem, elas são 11, com 50 empreendimentos diferentes -um salto que reflete a importância desse setor para o desempenho do mercado nos últimos meses. Diferentemente das incorporadoras tradicionais, a cooperativa é uma sociedade civil sem fins lucrativos. O sistema caiu no gosto e no bolso do público de baixa renda (que ganha em torno de 15 salários mínimos), que consegue comprar um imóvel com preços até 40% mais baixos. Elas são constituídas por um grupo de pessoas que formam um fundo de recursos, que, por sua vez, viabiliza a construção. As decisões sobre o encaminhamento da obra e sobre a parte administrativa do condomínio são tomadas nas assembléias. As prestações -que chegam a ser de R$ 270- terminam quando o último apartamento é entregue, o que pode demorar até 80 meses. Os imóveis são entregues por sorteio e de acordo com o adiantamento das prestações. "O próprio associado tem o interesse direto sobre o investimento, o que garante o prosseguimento da construção", diz Rubens Dario Gaudério Conde, 46, responsável pelo setor de assistência jurídica do Inocoop (Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais de São Paulo). Diversificação O grande volume de lançamentos das cooperativa fez mudar o perfil dos empreendimentos. "As pessoas começaram a investir um pouco mais nas prestações para garantir conforto", diz a engenheira civil Ercília Garcia, 33. Muitas cooperativas estão construindo condomínios de casas térreas e sobrados, saindo do perfil de condomínio com dezenas de prédios e centenas de apartamentos. Durante a Imobiliária 97, haverá inscrições para cooperativas em vários empreendimentos. O interessado deve apresentar carteira de identidade, CIC e, em alguns casos, assinar uma declaração de que possui meios para pagar as prestações. As ofertas de cooperativas na Imobiliária 97 têm imóveis de R$ 27,8 mil a 71,7 mil. O Mirante Caetano Álvares, da Prócasa, por exemplo, tem apartamentos de 65 m2 que custam R$ 54,6 mil. Próximo Texto: Feirão Índice |
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