São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 1997
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Reitoráveis da USP participam do primeiro debate

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Começou a disputa para o cargo de reitor da maior e mais conhecida universidade brasileira, a USP (Universidade de São Paulo). Na quinta-feira passada, ocorreu o primeiro debate entre cinco candidatos declarados -o sexto não compareceu, por problemas de saúde.
Promovido pela Adusp (Associação de Docentes da USP), o debate reproduziu em boa parte a própria origem dos candidatos -quatro dos cinco participantes ocupam cargos importantes na atual reitoria; portanto, são "da situação" e defendem a gestão de Flávio Fava de Moraes.
O candidato "não-oficial", Gil da Costa Marques, diretor do Instituto de Física da USP, é o que está na fase mais adiantada de formulação de suas propostas para a reitoria. Tem extenso documento de metas que esta semana será colocado na Internet (http://www.if. usp.br/usp98).
O sexto candidato, que não foi ao debate, Erney Plessmann de Camargo, do Instituto de Ciências Biomédicas, se lançou ao cargo oficialmente na semana passada, alegando ter recebido "manifesto assinado por muitos docentes instando-me a participar da próxima eleição para reitor da USP".
Os outros quatro candidatos são: Adolfo José Melfi, pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Alberto Barbosa Dantas, pró-reitor de Graduação, Jacques Marcovitch, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, e Myriam Krasilchik, vice-reitora da USP.
8 horas de aula
O debate, que durou cerca de duas horas e meia, abordou -sem grandes diferenças nas posições- a maioria dos temas que tocam a universidade.
Myriam Krasilchik disse "repudiar qualquer tentativa de encontrar saídas para a exigência que não sejam dar essas aulas a mais".
Jacques Marcovitch também defendeu o "respeito às oito horas", mas considerou que as duas horas a mais podem ser usadas em outros cursos que não os já existentes, ou no atendimento de alunos.
Adolpho Melfi considerou que existem "n" maneiras de completar essa carga horária. Gil da Costa Marques defendeu, como Marcovitch, que as horas a mais sejam usadas para "aperfeiçoar o atendimento aos alunos".
Carlos Alberto Dantas considerou que "oito horas só de aula é muito". "Diminui a capacidade de pesquisa do professor."
O primeiro turno da escolha de reitor da USP ocorre no dia 23 de outubro. Todos os professores titulares (cerca de 700, de um total de 5.000 docentes) são candidatos natos. O segundo turno ocorre no dia 6 de novembro. A posse deve ocorrer até 25 de novembro.
(FR)

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