São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 1997
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Banda gasta R$ 12 mil com equipamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quatro anos na estrada e um CD gravado, a banda "Modelo T" resolveu investir pesado em equipamentos musicais.
Com o suor dos shows de cada semana e as próprias economias, os seis integrantes conseguiram reunir R$ 12 mil para renovar os instrumentos da banda, que se prepara para gravar um novo CD.
Mesa de som
Só o tecladista do "Modelo T", Mauro Chevis, 20, gastou R$ 5 mil em equipamentos, incluindo uma mesa de som de oito canais.
Todos os instrumentos são importados. O baixista Giulio Pach, 19, que aproveitou para trocar seu velho amplificador por um da marca "Peavey", conta que a opção por instrumentos estrangeiros foi uma questão de qualidade.
"Vale a pena gastar um pouco mais. Os equipamentos nacionais estão melhorando, mas não dá para comparar a qualidade com os importados", afirma.
Instrumentos caros
A "Modelo T" enfrenta a mesma dificuldade que outras bandas e músicos iniciantes do país. Bons instrumentos no Brasil ainda são mais caros que nos EUA e na Europa, o que talvez ajude a explicar por que há mais bandas aparecendo lá do que aqui.
"No Brasil você vê músicos com muitos anos de estrada tocando em instrumentos 'capengas'. Nos EUA e na Europa, qualquer banda de garagem tem um equipamento de primeira", compara Pach, que toca profissionalmente desde os 13 anos.
Ele mesmo é um exemplo dessa diferença de preços. Seu novo amplificador custou R$ 1.250. No Reino Unido, diz, o mesmo equipamento sai por R$ 600.
Pach, no entanto, acha que está mais fácil adquirir bons equipamentos hoje do que na época em que começou a tocar.
Abertura
Segundo ele, depois da abertura comercial, houve aumento da concorrência e o financiamento ficou mais comum.
A "Modelo T", que fez suas compras na rua Teodoro Sampaio, onde estão as principais lojas de música de São Paulo, conseguiu negociar um parcelamento das compras em mais de cinco vezes.

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