São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 1997 |
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Bandas apresentam mistura da cena rock soteropolitana
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
Para mostrar que a cena existe e alcançar o grande público, cinco bandas soteropolitanas se encontraram, anteontem, no BoomBahia Rock Festival. Dois Sapos e Meio, Penélope Charmosa, brincando de deus, Dr. Cascadura e The Dead Billies levaram à Concha Acústica do Castro Alves cerca de 2.300 pessoas. O evento começou às 17h, com o show do Dois Sapos e Meio, que mostrou sua mistura de hip hop, reggae, funk e black music. Em seguida, o público conferiu o som do Penélope Charmosa, única banda com mulheres na formação. O grupo apresentou um pop melodioso, que procura balancear voz e flauta, mantendo a guitarra mais pesada. O Penélope Charmosa participou, este ano, do Abril pro Rock, em Recife, o que lhe rendeu um contrato com a Sony Music, pela qual deve lançar o primeiro trabalho em março. A terceira banda a tocar foi o brincando de deus, que se diz essencialmente pop. "Nossas influências vão de Smiths a Velvet Underground", conta Messias, vocalista do grupo e organizador do festival. Por cantar em inglês -o grupo tem discos distribuídos nos EUA, na Europa e no Japão-, Messias acredita ser mais difícil atingir o grande público. Mas a banda, que já tem quase cinco anos de estrada, prepara o terceiro disco. O Dr. Cascadura subiu ao palco logo depois, mostrando suas influências de Rolling Stones e da música do sul dos EUA. O grupo já está gravando o segundo CD -a gravadora é a WR Discos, inicialmente apenas de axé music. "O mais complicado de fazer rock em Salvador é não termos rádios especializadas", conta Fabio Cascadura, vocalista. Fechando o festival, o The Dead Billies se apresentou para um público fiel, que sabia a maioria das letras e não parou de pular. No melhor estilo psychobilly, o grupo mostrou seu primeiro trabalho, "Don't Mess with... The Dead Billies", também lançado pela WR e que vendeu mil cópias. O BoomBahia Festival deve passar a ser um evento anual. "Vamos continuar mostrando que estamos vivos", diz Messias. A jornalista Bruna Monteiro de Barros viajou a convite da organização do festival Texto Anterior: 'O Doce Amanhã' conduz monólogos para a tela Próximo Texto: Festival homenageia Paulo Moura Índice |
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