São Paulo, terça-feira, 23 de setembro de 1997
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Nilo vê pressão de ACM para expulsá-lo

DA REDAÇÃO

O ex-governador baiano Nilo Coelho (1989-1991) se filiou ao PSDB em 11 de julho passado. A filiação, organizada pela direção nacional, ocorreu em Brasília, com a presença de 40 deputados.
Na época, o ministro Sérgio Motta disse que era contra seu ingresso no PSDB, mas não impugnou a filiação no prazo legal.
Foi só no dia 10 de setembro que Motta e os governadores Tasso Jereissati (CE) e Eduardo Azeredo (MG) formalizaram o pedido de desfiliação de Nilo -contra o qual pesam acusações de irregularidades administrativas (sofreu nove processos) e conservadorismo político (foi da Arena e PDS).
"É uma vergonha ele ter entrado no partido", declarou então o ministro das Comunicações. Nilo reagiu afirmando que Motta tinha sido consultado sobre sua filiação e não havia manifestado oposição.
"Não me ofereci para entrar no PSDB", disse. "Quem me convidou foi o partido e a bancada do PSDB na Bahia", acrescentou.
Para Nilo, por trás da manobra de Motta estava o próprio senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), hoje seu principal adversário político no Estado.
Nilo e ACM foram aliados até o início dos anos 80. Em 1986, porém, Nilo foi eleito vice-governador na chapa de Waldir Pires, do PMDB, derrotando o candidato de ACM, Josaphat Marinho.
Em 1989, quando Waldir se candidatou a vice-presidente, Nilo assumiu o governo. Desde então, a rivalidade entre eles se agravou.

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