São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997 |
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Gerente do Corinthians entra em campo
FÁBIO VICTOR
Ao lado do técnico Joel Santana, o novo gerente de futebol do clube, Paulo Angioni, 51, monopolizou a palavra durante a preleção para o jogo de hoje contra o Botafogo, no Rio, pelo Brasileiro. A situação, incomum para um clube onde a diretoria costuma não ter muita proximidade física com os atletas, deverá se tornar um hábito, segundo o próprio Angioni, no cargo há 12 dias. "Participo dos treinos costumeiramente. Quando há necessidade de esclarecimento, eu me coloco", disse. Ontem, Angioni cobrou unidade do grupo, segundo ele característica imprescindível para o time vencer o Botafogo e sair da incômoda 20ª posição que ocupa na tabela. "Ainda dependemos de nós mesmos, mas as alertas de nosso objetivo (a classificação) têm que ser dadas o tempo todo. Se continuarmos assim, podemos precipitar nossa saída da competição." O currículo acadêmico de Angioni o ajuda em sua função de 'homem-da-diretoria-que-vai-ao-gramado'. Formado em psicologia pela Universidade Gama Filho, do Rio, chegou a dar aulas da disciplina Iniciação à Psicologia, no Colégio Acadêmico, de segundo grau. Talvez por isso, utilize em seu discurso uma linguagem mais adequada à academia que ao campo. "As individualidades sociais não podem descaracterizar os objetivos coletivos. Num grupo em que nem todos têm a mesma conduta social, às vezes o objetivo foge ao alcance", disse, sobre a necessidade de unir os jogadores. Joel, que já trabalhou com Angioni no Vasco e no Flamengo e indicou-o para o cargo, elogia a metodologia do colega. "Como psicólogo, ele tem campo de visão para observar coisas que a gente não nota", disse o técnico, que faz hoje o primeiro jogo contra o seu ex-time. A maior novidade na equipe corintiana será a entrada do atacante Renaldo desde o início. Para isso, Joel vai sacar do time Mirandinha ou Souza, deixando a decisão para hoje. Célio Silva, que cumpriu suspensão, volta ao time. Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: Falta frieza, diz Renaldo Índice |
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