São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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Corintiano se diz indignado com suspensão

CRISTINA RIGITANO
DO "NP"

O jogador Fábio Augusto, do Corinthians, se disse indignado com a decisão do Tribunal Especial da CBF em suspendê-lo por 120 dias pelo uso de efedrina.
"Não sou o Maradona do Parque São Jorge. O que me deixa indignado é que tive suspensão prévia de 20 dias, o que já é punição", disse o jogador, no Rio, onde estava para gravar programa de TV.
Durante a gravação, o jogador sentiu dor de estômago e pediu uma aspirina. "Comi uma pizza que me fez mal. Quero um medicamento qualquer, mas que não contenha efedrina", brincou.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva, instância máxima, vai julgar novamente o atleta. Caso confirme a decisão, Fábio Augusto não jogará mais no Brasileiro.
"Não esperava a punição. O médico do Corinthians admitiu o erro (de ter autorizado o consumo de vitamina com efedrina), mas o tribunal não levou em conta e se baseou apenas na lei."
O Corinthians foi absolvido. Os médicos do clube não irão a julgamento por terem autorizado o jogador o utilizar a vitamina.
Fábio acredita que o caso não vá marcar sua carreira e ainda espera ser convocado pelo técnico Zagallo para a seleção brasileira.
"Tenho 18 anos de carreira. Sempre fui um jogador exemplar. Tenho ótimo condicionamento físico. O pior já passou. Na semana em que o caso veio à tona, vivi os piores dias de minha vida."
Aos 25 anos, Fábio Augusto diz que nunca experimentou drogas.
"Sou contra. Jamais usei drogas nem nunca precisei tomar remédios que tivessem substâncias proibidas. Só tomei o medicamento porque o médico liberou. Não tenho vícios. Não bebo cerveja, não fumo e não durmo tarde. Tenho fé que vou superar essa fase."
O filho mais velho de Fábio Augusto tem sete anos e se chama Diego. "Nada a ver. Respeito o (argentino Diego Armando) Maradona, que é um excepcional jogador, mas não coloquei o nome do meu filho em homenagem a ele. Primeiro, teria que homenagear Pelé, Garrincha, Zico..."
Fábio Augusto se acha injustiçado e diz estar triste por não poder jogar. "Vou continuar treinando normalmente. O que me preocupa é que vou perder ritmo de jogo."

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