São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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Conheça a história do mito grego

DA REPORTAGEM LOCAL

Vinicius de Moraes abrasileirou a lenda de Orfeu, contando-a como se acontecesse na favela, em um morro carioca, mas de forma a ser fiel ao mito.
"A história traz o amor impossível de Orfeu por Eurídice. Vinicius de Moraes manteve a lenda. Orfeu é assassinado pelas Bacantes, que eu transformei nesta montagem em pombas-gira", afirmou o diretor Haroldo Costa.
Amor eterno
Segundo a história da tragédia grega, Orfeu, na Trácia, uniu-se à bela ninfa Eurídice, que, um dia, fugindo da perseguição amorosa do pastor Aristeu, foi picada por uma cobra e morreu.
Desde então, Orfeu tentou se consolar enchendo as montanhas com o som da lira que ele recebeu de Apolo, seu pai.
Inconformado, Orfeu resolveu buscar sua amada nas paragens onde habitam os corações frios. A melodia de sua lira fez os que viviam sem luz correrem para ouvi-lo atentos e silenciosos, como pássaros dentro da noite.
Ao abordar o Rei das Sombras, Orfeu obteve dele o direito de retornar com Eurídice ao sol. Porém seu pedido seria atendido com a condição de que não olhasse para trás, para ver se sua amada o seguia. Mas, impaciente, ele olhou para ela e a perdeu para sempre.
Ofendidas com a fidelidade de Orfeu a Eurídice, a quem ele continuou buscando em soluços de saudade, as Bacantes se atiraram contra ele numa noite santa e esquartejaram seu corpo.
No entanto, as Musas, servidas fielmente pelo músico, recolheram seus despojos e o sepultaram ao pé do Olimpo.
Sua cabeça e sua lira haviam sido atiradas ao rio, mas a correnteza as jogou na praia da ilha de Lesbos, de onde foram recolhidas e guardadas.

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