São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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Instituto ouve "poesia sonora"

WILLIAM LI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Na programação da mostra "Arte e Tecnologia" do Instituto Cultural Itaú não está previsto nenhum evento musical, mas ela apresenta ao público, de hoje a 26 de outubro, uma programação de "poesia sonora".
O curador Philadelpho Menezes define a poesia sonora como "toda espécie de experimentalismo poético baseado na voz humana e suas possibilidades expressivas". A poesia sonora será apresentada através de um painel com 24 toca-fitas, cada um com um poema. São 12 poemas de autores nacionais e 12 de estrangeiros.
Além desta instalação, a programação apresenta uma palestra com Philadelpho Menezes, dia 15 de outubro às 20h30 na Sala Vermelha, quando o artista falará sobre o processo de criação dessa modalidade poética.
Além da palestra, haverá um espetáculo dia 16 de outubro às 20h na Sala Azul com o "Grupo Poética da Voz" e apresentação de alguns poemas do CD "Poesia Sonora", lançado em julho de 96.
O som sempre foi um dado muito importante na produção poética. Basta lembrar que, na Antiguidade, os poemas gregos e latinos eram metrificados de acordo com a quantidade das vogais, que podiam ser longas ou breves.
Vale a pena conferir o trabalho de Menezes e comparar com os experimentos modernos que tentam restaurar as tonalidades longa e breve em gravações da "Ilíada" ou da "Eneida", por exemplo.

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