São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997![]() |
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Computação é a engenharia preferida
VIVIANE ZANDONADI
No ano passado, a engenharia de computação da Politécnica (USP) teve o maior índice de candidatos por vaga entre as engenharias e outros cursos de informática na Fuvest -eram 41,5 para uma. A atração da engenharia de computação fica por conta das oportunidades de trabalho oferecidas aos estudantes durante o período letivo, graças a uma parceria entre a universidade, institutos tecnológicos, indústrias ou bancos. Os cinco anos desse curso cooperativo entre empresa e escola são divididos em 13 módulos de quatro meses cada -são oito acadêmicos e cinco de estágio. O aluno se forma com dois anos de experiência, sem que tenha sido afetada a carga didática convencional, pois não há férias, apenas uma semana de descanso entre um módulo e outro. "Essa é a melhor maneira de o estudante vivenciar a realidade da profissão", diz Shigueharu Matai, coordenador de estágio. Matérias optativas Já para quem quer ser cientista, ciência da computação é uma alternativa menos disputada. No vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), do ano passado, 27 candidatos concorriam a uma vaga. Na USP foram 32,7, e na Unesp (Universidade Estadual Paulista), 30 candidatos por vaga. Com duração de quatro anos, o curso prepara cientistas para o estudo e o desenvolvimento de sistemas operacionais, softwares e máquinas. Além de ênfase em matemática, teoria da computação e do estágio supervisionado, nos dois últimos anos os alunos podem escolher áreas em que queiram se especializar, como banco de dados, computação gráfica, multimídia ou hipermídia. Para isso, existem as matérias optativas. "Essas disciplinas formam o profissional consumível pelo mercado, tanto por indústrias como por instituições de pesquisa", diz Edson Moreira, chefe do departamento de computação da USP, no campus da cidade de São Carlos. "Praticamente 100% dos nossos alunos conseguem emprego ao deixar a faculdade." Confusão na escolha Sejam cientistas, engenheiros, analistas ou tecnólogos -formados em cursos superiores tecnológicos, com ênfase na prática- todos os profissionais da informática querem ser "consumíveis pelo mercado" -que é praticamente o mesmo para todas as carreiras (veja quadro ao lado). O tecnólogo em processamento de dados, por exemplo, é um dos profissionais mais requisitados no mercado e pode atuar em análise de sistemas, uma outra carreira. Esse tipo de curso tecnológico, que oferece uma formação específica, investindo em aulas práticas e de laboratório, pode ser encontrado na Fatec (Faculdade de Tecnologia), de São Paulo. Microinformática, inglês e linguagem de programação fazem parte do currículo. Em três anos, o estudante é preparado para trabalhar com análise de sistemas, administração de dados e banco de dados, além de criar e desenvolver softwares. Nos últimos vestibulares, a Fatec tem registrado 60 candidatos por vaga, só no período noturno -e esse número já chegou a 80. Existe concorrência também entre as empresas que precisam de estagiários. Segundo o professor Antão Shinobu Ikegami, chefe do departamento de processamento de dados, o número de estagiários procurados é maior que a disponibilidade da Fatec. Texto Anterior: Softs fazem etiquetas Próximo Texto: Pesquisa é essencial para atualização do professor Índice |
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