São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997
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Recuo é menor em mulheres

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

O levantamento do Pro-Aim mostra que outro foco de campanhas de prevenção da Aids devem ser as mulheres.
Segundo estudo do órgão da prefeitura, a redução da mortalidade de mulheres com Aids foi cinco vezes menor do que a dos homens com o vírus no segundo trimestre deste ano.
Nesse período, morreram 156 mulheres, 8,8% menos do que no segundo trimestre do ano. A redução nos homens portadores do HIV foi de 35,6% -a mesma registrada no primeiro trimestre.
Se comparada com a diminuição no primeiro trimestre, os 8,8% revelam ainda mais o avanço da epidemia entre as mulheres. De janeiro a março, a queda foi de 18,8%.
A diferença nas quedas dos índices de mortalidade entre homens e mulheres com Aids é reflexo direto das taxas de contaminação. Dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo mostram que a contaminação em homens está caindo e nas mulheres, subindo.
Os números definitivos ainda não estão fechados, mas resultados parciais de 1996 indicam que houve 5.203 casos novos de Aids em homens e 1.972 em mulheres.
A explicação dada por infectologistas e epidemiologistas é sempre a mesma. Enquanto os grupos tradicionais de risco (gays, drogados etc.) estão se cuidando mais, há um contingente enorme de mulheres que mantêm relações monogâmicas sem camisinha e são contaminadas ou por homens bissexuais ou por drogados. (LM)

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