São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997 |
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Rodízio termina com trânsito recorde ROGERIO SCHLEGEL ROGERIO SCHLEGEL; PRISCILA LAMBERT
São Paulo teve ontem, último dia do rodízio, o maior congestionamento desde a implantação da operação antipoluição, em 23 de junho: 147 km de lentidão, às 19h. O principal complicador para o trânsito foram quatro atropelamentos e um acidente, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A Secretaria Estadual do Meio Ambiente apurou adesão ao rodízio em patamar igual ao do restante da semana. O recorde anterior de lentidão havia sido registrado em 15 de agosto, também uma sexta-feira chuvosa. Na ocasião, houve 143 km de congestionamentos na cidade, também às 19h. Segundo Eduardo Macabelli, gerente de operações da CET, os atropelamentos e o acidente -envolvendo uma moto e um carro- ocorreram em pontos estratégicos da cidade, depois das 16h. Os reflexos foram sentidos na marginal Pinheiros, na Radial Leste e nas avenidas Aricanduva e Rebouças, atingindo os eixos norte-sul e centro-leste. "Os índices são sempre maiores às sextas-feiras. A chuva também colaborou para as complicações, mas os acidentes foram decisivos para esse recorde", diz Macabelli. O índice de adesão ao rodízio entre os carros foi ontem de 97,3% -mais alto que a média da semana (97,1%), segundo a Secretaria do Meio Ambiente. Poluição atenuada A Operação Rodízio de 97 teve adesão superior à do ano passado. Entre os carros, a média ficou em 96,3% -isto é, de cada 100 carros proibidos de circular em determinado dia, 96 (arredondado) de fato ficaram na garagem e só 4 burlaram a restrição de circular. Em 96, a média ficou em 95,2%. Entre os caminhões, incluídos este ano, houve adesão de 81,3%. O número foi obtido em contagens fora dos corredores especiais para escoamento de carga, onde não houve fiscalização sistemática e a desobediência à proibição de circular tendia a ser maior. Para a Secretaria do Meio Ambiente, o rodízio teve sucesso em atenuar a poluição. A Cetesb (agência ambiental paulista) sustenta que diminuíram as concentrações de monóxido de carbono e partículas inaláveis no ar. Houve 36% de medições que apuraram qualidade boa entre 92 e 96, no caso do monóxido. Durante o rodízio 97, esse índice subiu para 56%. A comparação se refere aos meses de julho a setembro, apenas nas estações de medição Centro e Cerqueira César, que têm dados consistentes no período. LEIA MAIS na pág. 3 Texto Anterior: Saiba o que deu e o que não deu certo Próximo Texto: Projeto não diminui pena para crimes hediondos Índice |
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