São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997 |
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Chico volta aos palcos por Che Guevara
FERNANDO GODINHO
O público argentino será o beneficiado pela nova façanha do médico que fez a revolução socialista em Cuba ao lado de Fidel Castro. Chico Buarque participará de um dos dois concertos em homenagem aos 30 anos da morte de Che Guevara, no dia 8 de outubro, em Buenos Aires. Outro, amanhã, em Santiago (Chile), não terá músicos brasileiros. "Paratodos" O jejum de Buarque no Brasil já dura três anos, desde que ele excursionou com o disco "Paratodos" (94). Esta semana, no Rio, Chico está em estúdio gravando seu novo disco, ainda sem nome definido. O concerto em Buenos Aires acontecerá no estádio de Ferro, um clube de futebol portenho do bairro Caballito. Apesar de participarem da mesma homenagem, Chico Buarque e o cantor Silvio Rodríguez farão shows separados. O brasileiro será acompanhado por uma banda de seis pessoas. Rodríguez subirá só ao palco. A presença de Chico Buarque na Argentina promete ser relâmpago: o cantor e compositor se programou para chegar em Buenos Aires poucas horas antes do show e deixar a cidade logo após o final do concerto. Os argentinos Víctor Heredia e Miguel Angel Estrella e o uruguaio Daniel Viglietti também estão na homenagem de Buenos Aires. Frei Betto O produtor argentino Lucio Alfiz disse à Folha que a homenagem a Che Guevara foi idealizada pelo brasileiro Frei Betto. A idéia do show surgiu em 1995, durante um seminário de estudos políticos na Faculdade de Filosofia e Letras de Buenos Aires. Alfiz confirmou que Frei Betto ligou para Silvio Rodríguez e para Chico Buarque para convidá-los. A resposta positiva foi imediata. Disco Além da avalanche de biografias sobre Che, o revolucionário argentino é tema de um disco que acaba de ser lançado na Argentina. "Para Sempre Che!" apresenta, em versões originais, boa parte do cancioneiro popular da América Latina dedicado a Che Guevara: composições de Mario Benedetti, Atahualpa Yupanqui e Silvio Rodríguez. A edição traz ainda a reprodução da "Carta de Despedida", um documento célebre lido por Castro em uma solenidade pública em Cuba assim que foi confirmada a notícia do assassinato de seu amigo boliviano nas selvas da Bolívia, em 1967. Texto Anterior: Daeniken admite falhas em 'Eram Os Deuses Astronautas' Próximo Texto: Bahia mostra instrumental Índice |
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