São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Manobra em curso; Reação planejada; Não é o que parece; Trabalho adiantado; Intriga mineira; Sabe onde há voto; Delírio amazônico; Pés no chão; Caixa-forte; Confusão certa; Globalizar os juros; Haja cara-de-pau; Roda mundo; Um enrola o outro; Começar de novo

Manobra em curso
A ala governista do PMDB fará uma reunião em outubro com os nove governadores do partido e outras lideranças para tentar forçar a definição pelo apoio a FHC. Prevendo reação dos oposicionistas, tentará decidir tudo em convenção até dezembro.

Reação planejada
O grupo oposicionista do PMDB trabalha para jogar para março ou abril de 98 a definição do PMDB em relação à recandidatura de FHC. Quanto mais tempo ganhar, mais cresceria a chance de candidatura própria.

Não é o que parece
Definidas as principais filiações partidárias, Sarney sentenciou: o PMDB terá candidato em 98. Itamar ou ele. Mas tem aconselhado o partido a só decidir em março. Até lá, o senador vai se equilibrando na ambiguidade.

Trabalho adiantado
Os empreiteiros não têm do que reclamar. O DNER é o órgão com melhor desempenho na execução do Orçamento até agora. Já pagou 80% de tudo o que foi empenhado. E quer chegar a 95% até o final do ano.

Intriga mineira
Itamar soube pela TV que Ciro optara pelo PPS. Esperava ter sido avisado com antecedência. Mas está disposto a relevar. A turma do pão de queijo é que considerou descortesia.

Sabe onde há voto
Entre o convite para ir à filiação do ministro Luiz Carlos Santos ao PFL e acompanhar FHC ao Nordeste, na sexta, ACM não titubeou. Teria até sugerido a data da viagem ao presidente.

Delírio amazônico
Chicão Brígido (PMDB) comemorou no Acre sua absolvição por comissão da Câmara, anunciando que será candidato ao governo do Acre. Pode ter se precipitado. Corrente da Câmara tenta mudar a decisão no plenário.

Pés no chão
Aureliano Chaves mandou um recado a Itamar. Seu sentimento de mineiridade está tinindo sobre a eleição presidencial. Fica com ele. Mas se disputar Minas, vai de Eduardo Azeredo (PSDB).

Caixa-forte
Apesar de Covas reclamar da falta de dinheiro no governo paulista, a Fepasa, que tem superintendência jurídica, contratou o escritório de advocacia FN Ferreira Netto. Por um período de sete meses, pagará R$ 107 mil.

Confusão certa
Com parecer favorável pela aprovação, está na pauta da Câmara projeto que legaliza as operações para a mudança de sexo. A votação está marcada para a próxima semana, às vésperas da chegada do papa ao Brasil.

Globalizar os juros
Esperidião Amin recebeu folheto do National Westminster, uma espécie de Bradesco da Inglaterra, oferecendo 7.100 libras (R$ 12.600) para serem pagas em dois anos, com juros de 0,9% ao mês. A taxa do Banco do Brasil, para a mesma operação, é 4,9%.

Haja cara-de-pau
O PFL paulista estipulou condição praticamente impossível para que Romeu Tuma seja candidato a governador. Quer que o senador obtenha 20% de intenção de voto até dezembro. Do contrário, fecha com Maluf.

Roda mundo
Maldade de tucanos desencantados com Ciro Gomes: o ex-ministro pode acabar no palanque de FHC. Devido à rejeição dos partidos de oposição, o PPS não teria outra alternativa a não ser ficar onde está. No governo.

Um enrola o outro
Na conversa que teve com FHC na noite de quinta-feira, Itamar disse que não pretende entrar em "aventuras". Por isso, também só decide alguma coisa sobre candidatura em 98. Os dois combinaram de se falar mais.

Começar de novo
Preparando terreno para sua volta à política, Collor quer que o PRN tenha candidatos próprios no maior número possível de Estados em 98. Em São Paulo, já está certo que o partido lançará um nome para o governo.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do deputado Carlos Apolinário (PMDB-SP), sobre o líder do governo na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), tê-lo acusado, em discurso, de "chantagista e corrupto":
- A tática dos Magalhães de acusar os adversários para intimidar é antiga. No governo Itamar, o ACM entrou na sala do presidente carregando uma mala cheia de denúncias. Quando foram ver, a mala estava vazia.

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