São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997 |
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Amizade com tucano começou nos EUA Mangabeira colaborou com Tony Blair CLÓVIS ROSSI
O sotaque de Ciro, a meio caminho entre o nordestino e o paulista (Ciro nasceu em Pindamonhangaba, no interior paulista), pode não ter contribuído para alterar o sotaque "gringo" de Mangabeira. Mas serviu para puxar o filósofo para mais perto dos condicionamentos da política real, que, não raro, derrubam as formulações apenas teóricas, por mais perfeitas que sejam. O documento base de um programa de centro-esquerda para o Brasil e outros grandes países latino-americanos, leva a assinatura conjunta de Ciro e Mangabeira, que entrou com a filosofia. Ciro deu a contribuição da prática política. "Gosto muito de trabalhar com ele. É um formulador de idéias muito instigante", diz Ciro Gomes. Seria um bom candidato ao posto de ministro do Planejamento em uma eventual gestão Ciro? "Nunca pensei nisso e creio que nem ele", responde Ciro. Ministro, pode até não ser. Mas, se houver algum dia uma gestão Ciro, Mangabeira terá um papel nela. Afinal, Ciro diz que Mangabeira "é respeitado internacionalmente". Tão respeitado que foi chamado por Tony Blair, o líder trabalhista britânico, para colaborar na reelaboração do programa do partido, antes das eleições de maio. Blair ganhou as eleições, após 18 anos de reinado conservador. Mas parece que as contribuições de Mangabeira foram pouco utilizadas. Em maio, ao voltar de um encontro no Reino Unido sobre o novo governo, Mangabeira foi cruel ao definir as intenções de Blair: "É o liberalismo com desconto", fulminou. Texto Anterior: GLOSSÁRIO Próximo Texto: Filósofo foi teórico do PDT Índice |
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