São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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A história do Free Jazz

Ao longo de seus 12 anos, o Free Jazz reuniu mais de 230 atrações, nacionais e internacionais, algumas delas memoráveis. Chet Baker, Sonny Rollins, Stevie Wonder, Ray Charles, Sarah Vaughan, Philip Glass, Gerry Mulligan, Stéphane Grapelli, Betty Carter, James Brown, Guru's Jazzmatzz, Jimmy Scott, Dizzy Gillespie, Herbie Hancock, além de Radamés Gnatalli, Johnny Alf, Cesar Camargo Mariano, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Lenine e Suzano, Wagner Tiso, Sivuca, Caetano Veloso e Gilberto Gil já exibiram seu talento nos palcos do festival.
O Free Jazz surgiu em 85, depois de uma peregrinação das irmãs Sylvia e Monique Gardenberg e de Milton Nascimento por vários festivais da Europa e dos Estados Unidos no ano anterior. No início, a organização se resumia a um grupo de menos de 50 pessoas. Hoje, a empreitada envolve mais de 500 pessoas.
Diferente dos principais festivais do mundo, como Montreux (Suíça), JVC e New Orleans (EUA), o brasileiro é o único que acontece em mais de uma cidade -atualmente em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, onde começou há três anos e conta ainda com uma programação reduzida.
Desde o início, o Free Jazz já trazia uma proposta inovadora: "O objetivo maior é deitar sementes no solo musical do Brasil. Livre para evoluir do tradicional ao pós-progressivo, das fronteiras do samba aos limites do rock, do zero ao infinito. Tudo o que couber no vasto planeta jazz", dizia a apresentação da edição de estréia do evento.
Segundo Monique, "com o tempo, essa tarefa de lançar talentos brasileiros já tinha se cumprido e, a partir daí, o mundo instrumental passou a andar com as próprias pernas. Não cabia mais ao Free Jazz fazer dessa promoção o seu principal objetivo". Hoje, o elenco combina talentos emergentes com talentos consagrados, no Brasil e no exterior.

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