São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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JOHN TRAVOLTA

Acho que não devemos impor tantas regras sobre o que cada uma das pessoas num relacionamento deve fazer pela outra. Em vez disso, devemos nos guiar pela mulher individual. Talvez ele deva cozinhar, e se ela não se importa em lavar as roupas e ele odeia isso, ela deva cuidar dessa parte.
Mas, ao mesmo tempo, se os dois quiserem um relacionamento mais tradicional, tudo bem. Só acho que não devemos dizer que o relacionamento tenha que ser assim ou assado.
Ele precisa refletir o que cada indivíduo tem a oferecer e como tudo isso pode ser equilibrado.
Em minha opinião, as coisas seriam bem menos confusas do que são se as duas pessoas envolvidas em um relacionamento fossem mais abertas e sinceras uma com a outra em relação ao que realmente querem.
Acho que muitas mulheres querem que o homem não seja apenas seu amante, mas também seu amigo, e que se dedique a elas de maneira que vá além da simples responsabilidade de trazer dinheiro para casa. Elas querem encontrar no homem algumas das qualidades que encontram em suas amigas -a capacidade de ser afetuoso, de ouvi-la e de dar-lhe apoio emocional, por exemplo.
Tenho impressão de que, na realidade, é também isso que um homem quer de uma mulher, mas é mais fácil esperar isso de uma mulher e também é mais fácil conseguir isso de uma mulher. Para muitos homens, é difícil ser assim, mesmo em relação a outros homens. Às vezes, reprimimos nossas emoções; muitas vezes achamos apropriado demonstrar afeto pela mulher na cama, mas não em nenhum outro lugar.

Tradução de Clara Allain

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