São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
Próximo Texto | Índice

Estenotipia é uma profissão em alta

LIA REGINA ABBUD
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma técnica de digitação, que acaba de ganhar mercado no país, promete oferecer boas oportunidades nos próximos dois anos. É a estenotipia, que veio para desbancar a datilografia e a taquigrafia.
Como para dominar essa técnica são necessários cerca de dois anos de prática -confira informações sobre o curso no quadro-, este é o melhor momento para investir em qualificação profissional.
Desde que a Rede Globo passou a usar a estenotipia, em 29 de julho, para legendar o "Jornal Nacional", outras emissoras de TV correram atrás desse público.
Os deficientes auditivos somam cerca de 7% da população do país e, agora, podem receber as notícias escritas, em tempo real, na tela da TV. Mas só os televisores com decodificador de sinais permitem a utilização do serviço.
Na mídia, o estenotipista encontra três campos de atuação: comerciais, programas gravados -documentários, filmes e novelas- e transmissões ao vivo.
O profissional pode trabalhar, ainda, na Assembléia, na Câmara ou no Senado, registrando as sessões. Hoje, a técnica é usada nos tribunais de Justiça dos Estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
E mais: em palestras (para que o público não precise fazer anotações) e em cirurgias médicas (para que o médico não corra o risco de sofrer processos por erro médico).
Nos EUA, o salário médio é estimado em US$ 5.000 por mês, para quem atua em TV, US$ 2.500, nos tribunais, e entre US$ 2.000 e US$ 3.000, em outras áreas.
No Brasil, os salários ficam entre R$ 1.300 e R$ 2.500. Wagner Medici, 43, diretor de marketing da Steno do Brasil, prevê que subirão.

Próximo Texto: Tudo sobre a função
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.