São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Técnica já é usada em tribunais no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

No Brasil, a técnica começou a ser usada na década de 80, nos tribunais de Justiça dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul na forma mecânica. Só em 95 passou para a forma computadorizada.
Monique Franco da Silveira Mello, 36, que exerce a função de escrevente judiciária, começou a fazer o curso intensivo de estenotipia, em fevereiro, junto com outros 60 funcionários dos tribunais de Justiça do Estado de São Paulo.
"Foi como ter de aprender japonês em braile", diz. Mas valeu. Segundo Monique, o tempo das audiências foi reduzido pela metade. Ela espera que o aprendizado resulte em um salário melhor.
Mesmo assim, os R$ 1.300 mensais que ganhava antes de fazer o curso já subiram para R$ 1.700.
Simone Cristina Alves, 25, fez o curso há cerca de quatro anos, ainda no método mecânico. Na época, trabalhava como escrevente pública no Tribunal de Justiça.
Em julho deste ano, já trabalhando para a Steno do Brasil, passou a fazer a legenda do "Jornal Nacional" da Rede Globo.
"A responsabilidade é grande. Muitas pessoas precisam que o seu trabalho seja exato", diz Simone, que ganha cerca de R$ 2.500.
Tanto ela quanto Monique afirmam que agilidade mental, concentração e domínio da língua portuguesa são requisitos básicos para se dar bem na profissão.

Texto Anterior: Tudo sobre a função
Próximo Texto: Outras emissoras devem aderir
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.