São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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'Ginástica tem de ser explicada'

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Estética versus eficácia é, na opinião de Betty Tessuto, 35, o grande dilema enfrentado pelos programas de ginástica na TV.
Fisiculturista e "personal trainer", Betty já esteve entre as 15 melhores do mundo em sua categoria.
Ela acredita que os programas deveriam atender melhor às necessidades do público-alvo, ou seja, pessoas que não frequentam academias, principalmente donas-de-casa.
"O lugar mais adequado para a ginástica é a academia", explica. "Só que transportar o clima da sala para a tela para embelezar o programa, para vender mais, não cria a referência adequada para que o telespectador entenda o movimento. Ele apenas copia, quando consegue".
Um bom exemplo do contrário disso é o programa de Cory Everson, da ESPN Brasil. Enquanto uma pessoa executa os movimentos, Cory explica como eles devem ser feitos. Só que -detalhe- tudo em inglês, o que dá na mesma para muitas donas-de-casa.
Na produção nacional, Betty cita o quadro do professor Dudu, no programa "Dia Dia", da Bandeirantes, como um dos poucos exemplos.
"A grande sacada da TV vai ser chegar o mais próximo possível do que é um 'personal trainer"', conclui Betty. "As pessoas já perceberam que saúde é mais importante do que apenas beleza."

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