São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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Dois menores infratores matam colega enforcado e alegam coação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O adolescente infrator Giovani de Sousa Costa, 17, morreu logo depois de ser encontrado com um lençol amarrado no pescoço no chão do quarto em que estava internado no Caje (Centro de Atendimento Juvenil Especializado), em Brasília.
O garoto foi levado com vida ao Hospital Regional da Asa Norte, mas morreu por volta das 22h de anteontem, alguns minutos após chegar ao local.
Ele dividia o quarto com outros dois rapazes da mesma idade. Ele estava no Caje acusado de atentado violento ao pudor e roubo.
Inicialmente, os dois garotos que estavam no quarto disseram que Costa havia se enforcado.
A polícia desconfiou da versão, uma vez que o corpo foi encontrado no chão. Levados à Delegacia da Criança e do Adolescente, os meninos acabaram confessando que puxaram o lençol amarrado no pescoço de Costa, cada um de uma extremidade.
"Eles disseram que fizeram isso porque foram coagidos pelo outro menino. Costa, segundo eles, havia dito que os mataria caso eles não o matassem", conta a delegada Suzana Machado.
Costa deixou um bilhete para a sua família dizendo que queria ser enterrado no Piauí, mas não explicou aos parentes os motivos pelos quais queria morrer.
A ala dos provisórios é aquela em que estava o adolescente G.N.A.J., 17, um dos cinco rapazes que confessaram a morte do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos.
Os dois meninos que disseram ter enforcado Costa agora estão sendo investigados por homicídio. Caso sejam sentenciados, podem ficar até três anos internados.

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