São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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Aquisição no Brasil ainda está nos planos

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Embora já tenha analisado a compra de bancos no Brasil sem sucesso, o BankBoston ainda não desistiu dessa possibilidade.
Segundo o presidente do Boston no país, Geraldo Carbone, hoje o alvo é uma instituição de características semelhantes às suas: um banco de porte médio voltado para o segmento de pessoas de alta renda e empresas.
"Esse banco existe, embora não se fale muito dele", disse Carbone, sem revelar o nome da instituição.
"Avaliamos o Credireal e o Meridional e concluímos que os bancos estaduais demandariam muitos investimentos em tecnologia, além de estarem focados em um nicho muito diferente do nosso".
Segundo Carbone, o Boston só mudaria seu nicho de atuação no Brasil para dar um grande salto.
"O banco só entraria no mercado de varejo no Brasil se fosse para adquirir uma instituição de grande porte", disse.
O diretor de investimentos do BankBoston, John Kahwaty, disse que, no Brasil, o banco poderia investir mais do que os US$ 250 milhões destinados à aquisição do Deutsche na Argentina.
"Não há limite para investimentos e pretendemos continuar procurando por um banco no Brasil", afirmou Kahwaty.
Segundo ele, a demora em encontrar o negócio ideal não deve ser entendida como mudança de planos. "Na Argentina também procuramos por muito tempo e só agora surgiu a oportunidade".
Apesar de não abandonar a estratégia de crescer por aquisição, o Boston tem buscado expandir suas operações próprias no Brasil.
Desde o início do ano, a rede de agências cresceu de 26 para 34 e até o final de 97 mais duas deverão ser abertas. Atualmente, o banco tem autorização para chegar a 60 agências no país.
Carbone ressaltou que a escolha do ex-presidente do Boston no Brasil Henrique Meirelles para dirigir as operações mundiais da instituição reflete a prioridade dada à região latino-americana.
Além do Brasil e da Argentina, o Boston tem bancos menores no Chile e Uruguai, além de escritórios no Peru, Colômbia, México e Panamá.

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