São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997
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Cresce hiato entre pobre e rico nos EUA

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os ricos norte-americanos ficaram mais muito ricos no ano passado, mas os pobres e a classe média ganharam apenas um pouco mais. É isso o que mostram os dados do Censo dos Estados Unidos, divulgados ontem.
O número de pobres continuou igual ao de 1995, ou seja, 36,5 milhões de pessoas, que representam 13,7% da população. Pobre é definido como aquele que vive com renda familiar (quatro pessoas) de até US$ 16.036.
A renda média familiar da classe média subiu 1,2%, para US$ 35.492, enquanto a dos ricos cresceu 2,8% em termos reais.
Mesma tendência
O resultado de 1996 intensifica tendência que já vinha sendo registrada pelo menos há 30 anos.
Desde 1967, a renda da classe média norte-americana aumentou 15%; a dos pobres, 14%; e a dos ricos, 46%.
O Censo identificou 10,6 milhões de crianças (14,8%) que não tinham seguro de saúde no ano passado. As crianças estavam entre os 41,7 milhões de pessoas que não tinham o benefício.
O presidente Bill Clinton saudou os dados que mostram o aumento de renda da classe média.
Disse que o resultado está em sintonia com sua estratégia de "preservar o sonho americano, restaurar as esperanças da esquecida classe média e garantir o futuro de nossas crianças".
Bill Gates
Os dados do Censo foram divulgados um dia depois de a revista "Forbes" ter divulgado a sua lista anual dos norte-americanos mais ricos.
A lista foi encabeçada mais uma vez pelo co-fundador da Microsoft, Bill Gates, cuja fortuna dobrou em um ano e está estimada em US$ 39,8 bilhões.

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