São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998 |
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Sindicato de atletas não sai do papel
JOSÉ ALAN DIAS
O registro comprova a existência da Abravo (Associação Brasileira dos Atletas do Vôlei). Por enquanto, a primeira entidade de militância dos jogadores do vôlei nacional não passa de um número. Presidente da Abravo, Jorge Edson, 32, está há um mês em Portugal onde, até 30 de abril, tem contrato com o Ginásio Clube Castelo da Maia, na cidade homônima, para o torneio nacional e o Europeu. Campeão olímpico em Barcelona-92, ficou desempregado com a extinção do time do Palmeiras, antes de ir para Portugal. "Ela (a associação) está muito parada. Fizemos o registro, nos foi cedida uma sala. Mas é preciso pôr tudo em prática. Por enquanto, vou tocando por aqui (Portugal ), usando a Internet ", disse o jogador em entrevista por telefone. Por diferentes motivos, seus parceiros não tocaram a entidade adiante. "É muito difícil. Para conseguir organizar uma ação dessa é preciso tempo", diz Ana Moser, 30, da UnG e seleção brasileira. Ela admite, às voltas com o Paulista, depois o Mundial e agora com a Superliga, não ter tido tempo para se dedicar ao sindicato. "O problema é que as duas figuras que fariam a ponte com o pessoal do masculino estão fora", diz. Carlão, a outra parte do tripé a que se refere Ana Moser, além de Jorge Édson, trocou o vôlei indoor, depois de 15 anos, pela dupla de praia com Paulo Emílio. "O Carlão vai participar mais por coração. Ele sempre foi do indoor", diz Jorge Édson. A entidade está registrada com sede no endereço de Celsinho, líbero do Banespa, em Santo André. Ainda no Brasil, Jorge Édson recebeu e declinou a oferta de uma sala e suporte de material, da Federação Paulista. "A Federação foi muito prestativa. Mas movimentos como esse só vingam com esforço próprio. A distância é boa para preservar a independência." Outra pendência que se tornará urgente refere-se à manutenção da entidade. Feita junto a 12 times da Superliga feminina e outros 12 da masculina, a lista de associados contava com cerca de 300 adesões. "Depois de apurarmos quem realmente tem interesse é que chegaremos a uma mensalidade. Deve ser algo em torno de R$ 100,00", diz Jorge Édson. Texto Anterior: Brasil mantém a liberdade ao patrocínio Próximo Texto: Campeã quer o tri, e Tergat prevê fiasco Índice |
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