São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998
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Luís Eduardo passou mal após caminhar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA AGÊNCIA FOLHA EM SALVADOR

O deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) sentiu-se mal após uma caminhada mais longa que a habitual, com passo muito acelerado e em horário de intenso calor: das 11h30 às 12h30.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, que encontrou o deputado quando os dois andavam, disse que ele estava com o passo muito acelerado.
O senador Artur da Távola (PSDB-RJ), outro que viu Luís Eduardo enquanto caminhava, depois também contou a colegas que a rapidez do passo do deputado havia chamado a sua atenção.
O senador Antonio Carlos Magalhães disse que o filho havia andado 11 km, mais do que os 6 km ou 8 km a que estava habituado.
"Hoje (ontem), ele achou que estava mais gordo. Ele tem o hábito de andar para manter a forma, o que acho exagerado", disse ACM.
Quando se sentiu mal, Luís Eduardo telefonou para o pai e descreveu o mal-estar. "Ele sentiu suores e incômodo no corpo. No telefonema, eu percebi que a voz dele estava diferente." ACM disse que seu filho ficou emocionado com a morte de Sérgio Motta.
O corpo do deputado deverá chegar ao aeroporto de Salvador às 12h30 de hoje. Em seguida, o corpo será transportado para a Assembléia Legislativa da Bahia.
Às 15h30, haverá uma missa de corpo presente na sede da Assembléia. O local da missa poderá ser alterado por parentes. O enterro deverá acontecer às 17h, no cemitério do Campo Santo (centro).
Ontem à noite, o governador da Bahia, César Borges (PFL), decretou luto de sete dias no Estado.
Minutos depois da confirmação da morte do deputado, uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) móvel foi deslocada para a Graça (centro de Salvador), onde fica o apartamento da família do senador. A decisão de deslocar a UTI foi tomada para auxiliar em eventuais problemas de saúde que pudessem ser manifestados pela mãe do deputado, Arlete Magalhães.
Entre as 20h30 e as 23h30, cerca de 300 parentes e amigos do deputado compareceram ao apartamento de ACM. A filha mais velha do deputado, Carolina Magalhães, deixou o apartamento às 23h20 sem falar com jornalistas.

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