São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998 |
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Instituto diz não acreditar em epidemia
RITA NAZARETH
Entre 1993 e 1998, o Instituto Adolfo Lutz notificou sete casos (seis de São Paulo e um do Mato Grosso do Sul). "Não podemos falar em epidemia porque o vírus se propaga em um meio muito restrito", diz a diretora de virologia do instituto, Luiza Terezinha Madia de Souza. "Não é todo mundo que pode ter contato com as secreções de roedores silvestres." A virologista também informa que até hoje não foram confirmado casos de contaminação de um ser humano infectado para outro. Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estudos feitos durante uma epidemia na Argentina, em 1996, mostraram fortes evidências de transmissão de uma pessoa para outra. 50% morrem Originário das secreções (fezes, urina, saliva) de ratos silvestres, o hantavírus entra no corpo humano pela inalação ou pelo contato direto com essas substâncias. Segundo o CDC, mesmo tendo sido infectada, a pessoa pode levar entre três e seis semanas para começar a apresentar os primeiros sintomas. Em um primeiro momento, são dores musculares e de cabeça, náuseas, tonturas e febre alta. Depois, os pulmões se enchem de líquido (edema pulmonar) e o corpo começa a expelir sangue (hemorragias). Sem cura "É por isso que, ao primeiro sintoma, a pessoa deve buscar auxílio médico", diz o médico infectologista Vicente Amato Neto. "Em UTI, os médicos tentarão combater todos os focos de infecção, mas não o vírus em si." A principal medida para controlar a propagação do vírus, segundo os médicos, é a higiene. "Limpe a casa e não deixe alimentos descobertos ou objetos amontoados em determinados locais", afirma Luiza. "Ambientes sujos ou com alimentos favorecem a proliferação de ratos." Texto Anterior: Leitor aponta falha em cinema Próximo Texto: Hantavirose foi identificada em 93 na América Índice |
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