São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998
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Medida aumentará as fusões

AUGUSTO GAZIR
DE BUENOS AIRES

O sistema bancário argentino passa, desde o ano passado, por um processo de aquisições e fusões de instituições, refletindo tendência internacional.
A classificação pública dos bancos argentinos deve acelerar a concentração no país.
Em 1997, foram 12 fusões bancárias. Na semana passada, se anunciou a incorporação do banco Mercantil pela Caja de Ahoro, propriedade de uma família local.
Com a fusão, o grupo Caja, segundo os proprietários, passará a administrar ativos de US$ 1,8 bilhão, contará com 3.300 empregados e terá 130 agências no país.
Um dos motivos da onda de fusões é a baixa rentabilidade dos bancos argentinos depois da estabilidade monetária, alcançada na década de 90. Nos anos 80, as instituições ganhavam mais.
Depositantes
Roberto Lavagna é um dos economistas argentinos que avalia que as notas públicas vão aumentar a concentração bancária.
"Uma série de bancos vão ter uma classificação baixa", afirmou Lavagna.
"Os depositantes vão tomar a decisão de jogar seu depósito para bancos com melhores classificação. E os proprietários vão partir para as fusões", completou.
A medida de classificação pública do sistema bancário deve afetar os bancos argentinos de menor porte.
Os maiores bancos em atividade na Argentina são estrangeiros. O maior banco argentino é o Galícia, único entre os cinco maiores que operam no país.

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