São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998
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Serjão privatiza o céu e demite São Pedro!

JOSÉ SIMÃO
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Buemba! Buemba! Macaquito Simão Urgente! Adorei as bandeiras no enterro do Serjão! A bandeira da Mangueira, dos tucanos e do São Paulo. O quê? Mangueirense, tucano e são-paulino? Direto pro camarote vip. São Pedro deve ter falado: "Não, não, o senhor é por aqui, pro camarote vip".
E já imaginou se ele resolve privatizar o céu? E demite São Pedro! O mais antigo funcionário público!
E um leitor me passou o seguinte e-mail: "O Serjão morreu SEM instalar o meu telefone que eu comprei e paguei R$ 1.100. Vou ao Chico Xavier pra cobrar dele".
E adorei que no enterro cantaram "As Rosas Não Falam". Mas o falecido falava pelos cotovelos! E agora como fica a Tucanada? Morreu o trator e só ficaram as bicicletas véias e com pneu furado! Os almofadinhas!
E o Maluf? Bem, pelo menos ele não foi pra televisão dizer aquilo que os da oposição disseram: "Apesar das nossas divergências, era um homem combativo e blablablá". Ele fez o trabalho dele em silêncio: mandou pintar o cemitério!
E o Tuma segurando o caixão? Coitado do Serjão! Ele que era da Ação Popular deve ter passado uns dez anos fugindo do Tuma. E os últimos quatro, evitando. E aí vem o cara e segura a alça do caixão. Quem morre não manda nada mesmo. E o filho do FHC que tava vestido de segurança?!
E corria a piadinha que o ACM veio pra São Paulo só pra conferir se o Serjão tinha morrido mesmo! E um leitor me passou um e-mail me dando os pêsames. Por eu ter perdido uma grande personagem da coluna!
E diz que depois que pegou a dengue o Sarney já tá escrevendo "Aedes Aegypti de Fogo". Trocou de inseto. Trocou o marimbondo pelo mosquito da dengue. Que diz que é igual a um pernilongo, mas tem perna preta. Já sei, pernilongo com uma meia-calça da Donna Karam. Se vier escrito DKNY pode chamar o Serra. Que vai chamar o Exército! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza. Vai indo que eu não vou. Hoje só amanhã!

E-mail: simao@uol.com.br

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